
Efectivamente, era de esperar que o crescimento do sector da construção ligado ao imobiliário turístico, mas igualmente as condições impostas por Portugal para a concessão das diversas linhas de crédito destinadas maioritariamente a infraestruturas e habitação social (isto é, a obrigatoriedade de as mesmas serem implementadas por empresas portuguesas, quando muito, em consórcio com empresas caboverdeanas), atraíssem um número crescente de empresas lusas para Cabo Verde. Conhecendo-se a estratégia de grupo adoptada por empresas portuguesas quando operam fora do seu território, prevê-se uma dificuldade acrescida a empresas de outros países (incluindo caboverdeanas) para "penetrarem o círculo" e tirarem assim maior proveito das oportunidades geradas pela dinâmica do sector.
Recorda-se que apenas a primeira fase do projecto "Casa Para Todos", recentemente lançada a concurso, poderá significar um potencial de vendas de 131 mil contos em tintas (ver aqui). Além disso, estimativas da PD Consult apontam que o potencial total de vendas deste produto no mercado caboverdeano poderá ultrapassar os 4 milhões de contos nos próximos anos, se se implementar todo o projecto acima referido (cerca de 8.800 casas) bem como os diversos projectos imobiliários em carteira e que sofreram algum abrandamento na sequência da recente crise mundial.

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